segunda-feira, 28 de junho de 2010
Disneyland Park (Paris)
Imagina-te a explorar o mundo mágico da Disneyland® Resort Paris, onde todos os sonhos se tornam realidade!
Fotos: Cláudia M.
Antigamente era assim...
Foi durante muitos anos um dos únicos meios que existiam para se abastecer as casas...
Tocou a sirene no quartel
Lá fora a floresta ardia
Como uma folha de papel
Ardia o arvoredo e eles
Eles avançaram sem medo
Com um calor infernal
Nas chamas descontroladas
Numa luta desigual
Suas vidas foram levadas
Mata, casas e pinheiros
Arderam até á raiz
MORRERAM HEROIS BOMBEIROS
A defender o país
Tinham casas, tinham filhos
Tinham pais, tinham avós
Porque são sempre os primeiros
A dar a vida por nós
Do chefe ao comandante
Ao soldado mais audaz
A vida segue em frente
E aos bombeiros que morreram
Que descansem no CÉU EM PAZ
Em homenagem aos bombeiros de todo o país
Falecidos nos incêndios
Em data incerta, na segunda década do século XII, D. Afonso Henriques (1112-1185) doou o couto de Leça à Ordem dos Hospitalários[1], a primeira das Ordens Militares documentada em território português. No primitivo mosteiro estabeleceu-se a Casa Capitular da Ordem, que passou, posteriormente, a sede de um de diversos bailiatos, de onde adveio o topônimo à povoação: Leça do Bailio.
A igreja, renovada a partir do início do século XIV, de matriz românica mas transacionado para o gótico, reflete um misto de espírito religioso e militar, com o interior votado a Deus, mas externamente exibindo sólidos muros coroados por ameias e sustentados por contrafortes, destacando-se uma varanda também ameada e com matacães defendendo, como o adarve de um castelo, a porta principal.
Na planta, o modelo mendicante é claro: três naves, organizadas em cinco tramos, sendo o último uma espécie de transepto inscrito, marcado apenas naaltura; a divisão do espaço é feita através de pilares, de perfil cruciforme pelo adossamento de colunas nas suas quatro faces; a cabeceira é tripla, com uma capela-mor mais profunda que os absidíolos, e de secção Leste poligonal. A cobertura das naves é em madeira e a cabeceira apresenta abóbada em cruzaria de ogivas. Tanto nas paredes da nave central como das naves laterais se abrem janelas geminadas. Na fachada sul abre-se um portal de quatroarquivoltas rematadas por um gablete simples, cujos capitéis apresentam ornatos vegetais e animais.
Externamente uma sólida torre ameada ladeia a fachada principal, pelo lado Sul. A imponente torre tem 28 metros de altura e é provida na parte superior dematacães (nos ângulos), e de janelas e seteiras.
Na posse dos Hospitalários, o primitivo mosteiro recebeu mais ampliações e reformas que lhe deram feições de natureza militar em estilo românico, cujo elemento mais marcante foi a construção de uma sólida torre ameada. A época em que os hospitalários tomaram posse do couto terá sido riquíssima para o mosteiro, uma vez que a ele pertenciam inúmeras igrejas do actual concelho de Matosinhos. O mosteiro foi reedificado por D. Gualdim Paes de Marecos, em 1180 e dedicado a Santa Maria.
O actual templo, síntese do estilo românico e gótico, remonta a uma grande campanha construtiva iniciada pelo prior da Ordem, D. Frei Estevão Vasques Pimentel, entre 1330 e 1336, quando foram renovados ainda os edifícios monacais e o claustro, dos quais vários elementos chegaram até aos nossos dias.
Aqui foi celebrado o matrimónio do rei D. Fernando (1367-1383) com D. Leonor Teles. Posteriormente, no contexto da Crise de 1383-1385, ali esteve o Condestável Nuno Álvares Pereira, em 1385, no início da jornada que lhe deu a posse do Castelo de Neiva e de outras localidades na região.
Na sequência do triunfo liberal no país, o mosteiro de Leça do Balio assistiu à extinção das ordens religiosas (1834), perdendo os seus privilégios e direitos que a ordem ainda possuía sobre a freguesia, sendo integrada no concelho de Bouças (actual Matosinhos), em 1835.
Encontra-se classificado como Monumento Nacional por Decreto publicado em 23 de Junho de 1910.
Na década de 1930 foi efectuada uma obra de restauro de todo o monumento pela Direcção Geral dos Monumentos Históricos.