quinta-feira, 26 de agosto de 2010
Os carros novos Brasileiros
O consumidor brasileiro aproveitou a redução do Imposto sobre Produto Industrializado (e a prorrogação dela) para enfeitar sua garagem com um carro novo. Acontece que alguns carros não são tão novos quanto parecem. São modelos que sobrevivem há anos com facelifts, motores antigos “modernizados” e até mesmo plataformas anteriores ao seu lançamento.
Abaixo você confere uma lista com alguns desses modelos:
A Blazer e a S10, de 2009 só têm a carroceria e acabamento. A plataforma é a mesma desde seu lançamento, quando eram iguais àquela da foto acima. A geração que veio ao Brasil é a chamada “geração 2.5″, que estreou nos EUA em 1994 e foi fabricada até 2005.
O Mille se chamou Uno até a chegada do Palio em 1996. Hoje ele ainda é o mesmo Uno lançado em 1983 com três facelifts. É um dos carros mais vendidos do país, mesmo com seus 26 anos de idade.
A picape Courier é fabricada desde 1996 e é baseada no Fiesta Mk3, que foi lançado em 1989. É uma plataforma de 20 anos que parece não ter data de aposentadoria.
A GM, que admitiu publicamente “enganar” clientes nos últimos 30 anos é um caso a parte. Em outros tempos a marca era referência em carros modernos e atualizados. Hoje a situação é completamente inversa. O pequeno Celta é baseado no Corsa, que já utilizava a mesma plataforma desde seu lançamento, em 1983.
O curioso é que o Celta foi lançado em 2000, quando a plataforma já tinha 17 anos. É utilizada até hoje. Duas categorias acima, encontramos o Astra, que aqui foi lançado em sintonia com a Europa mas continua o mesmo desde 1998. Para piorar as coisas, ele empresta a plataforma para o atual Vectra, que lá na Europa é a atual geração do Astra.
O caso do Vectra talvez seja mais “grave”: o motor é derivado do Monza, lançado em 1982, sua plataforma é a do Astra 1998 e a atual geração tem soluções mecânicas mais simples que o modelo anterior, caso da suspensão traseira com barra de torção no lugar da multilink do Vectra B.
Já Volkswagen, que diz não fazer só luzinhas e botõezinhos ainda faz o Gol G4, lançado em 2007, que usa a mesma plataforma e motor longitudinal do modelo 1980. Aliás, o Gol em 1980 usava o motor 1600 refrigerado a ar do Fusca, um motor da década de 30.
Apesar de estar restrito ao segmento de entrada da marca, o Gol G4 engrossa as vendas que colocaram o modelo no topo da lista dos mais vendidos. Também há a vovó Kombi, que foi lançada em 1950 e desde então passou por somente uma mudança significativa no Brasil, quando recebeu o motor 1.4 refrigerado a água em 2006. Realmente um verdadeiro carro “retrô”. Muito mais que botõezinhos e luzinhas.
Mesmo sendo relativamente nova no país, a Peugeot já pegou o espírito do Brasil e em 2008 lançou o 207 Brasil, que é simplesmente um 206 de 1998 com a frente do 207 enxertada. Um carro novo de 11 anos. Com a manifestação de indignação diante da "gambiarra" francesa por parte da imprensa especializada, a marca tirou o "Brasil" do nome, mas o carro continua o mesmo e também é vendido na Europa como 206+.
Sua "vizinha", Renault, também aprendeu bem com o mercado brasileiro. Aqui ela produz o Clio, que apesar dos dois facelifts, permanece o mesmo desde que passou a ser fabricado no país em 1999 (a plataforma é de 1997), e a Scénic, que é a mesma desde seu lançamento. Lá se vão 10 anos, portanto. E as coisas pioram quando conhecemos a fundo o novíssimo Symbol, o substituto do Clio Sedan. Mesmo tendo uma plataforma moderna usada no Logan, a Renault preferiu usar a plataforma do Clio. O resultado é um carro recém-lancado com uma base de 12 anos.
Abaixo você confere uma lista com alguns desses modelos:
A Blazer e a S10, de 2009 só têm a carroceria e acabamento. A plataforma é a mesma desde seu lançamento, quando eram iguais àquela da foto acima. A geração que veio ao Brasil é a chamada “geração 2.5″, que estreou nos EUA em 1994 e foi fabricada até 2005.
O Mille se chamou Uno até a chegada do Palio em 1996. Hoje ele ainda é o mesmo Uno lançado em 1983 com três facelifts. É um dos carros mais vendidos do país, mesmo com seus 26 anos de idade.
A picape Courier é fabricada desde 1996 e é baseada no Fiesta Mk3, que foi lançado em 1989. É uma plataforma de 20 anos que parece não ter data de aposentadoria.
A GM, que admitiu publicamente “enganar” clientes nos últimos 30 anos é um caso a parte. Em outros tempos a marca era referência em carros modernos e atualizados. Hoje a situação é completamente inversa. O pequeno Celta é baseado no Corsa, que já utilizava a mesma plataforma desde seu lançamento, em 1983.
O curioso é que o Celta foi lançado em 2000, quando a plataforma já tinha 17 anos. É utilizada até hoje. Duas categorias acima, encontramos o Astra, que aqui foi lançado em sintonia com a Europa mas continua o mesmo desde 1998. Para piorar as coisas, ele empresta a plataforma para o atual Vectra, que lá na Europa é a atual geração do Astra.
O caso do Vectra talvez seja mais “grave”: o motor é derivado do Monza, lançado em 1982, sua plataforma é a do Astra 1998 e a atual geração tem soluções mecânicas mais simples que o modelo anterior, caso da suspensão traseira com barra de torção no lugar da multilink do Vectra B.
Já Volkswagen, que diz não fazer só luzinhas e botõezinhos ainda faz o Gol G4, lançado em 2007, que usa a mesma plataforma e motor longitudinal do modelo 1980. Aliás, o Gol em 1980 usava o motor 1600 refrigerado a ar do Fusca, um motor da década de 30.
Apesar de estar restrito ao segmento de entrada da marca, o Gol G4 engrossa as vendas que colocaram o modelo no topo da lista dos mais vendidos. Também há a vovó Kombi, que foi lançada em 1950 e desde então passou por somente uma mudança significativa no Brasil, quando recebeu o motor 1.4 refrigerado a água em 2006. Realmente um verdadeiro carro “retrô”. Muito mais que botõezinhos e luzinhas.
Mesmo sendo relativamente nova no país, a Peugeot já pegou o espírito do Brasil e em 2008 lançou o 207 Brasil, que é simplesmente um 206 de 1998 com a frente do 207 enxertada. Um carro novo de 11 anos. Com a manifestação de indignação diante da "gambiarra" francesa por parte da imprensa especializada, a marca tirou o "Brasil" do nome, mas o carro continua o mesmo e também é vendido na Europa como 206+.
Sua "vizinha", Renault, também aprendeu bem com o mercado brasileiro. Aqui ela produz o Clio, que apesar dos dois facelifts, permanece o mesmo desde que passou a ser fabricado no país em 1999 (a plataforma é de 1997), e a Scénic, que é a mesma desde seu lançamento. Lá se vão 10 anos, portanto. E as coisas pioram quando conhecemos a fundo o novíssimo Symbol, o substituto do Clio Sedan. Mesmo tendo uma plataforma moderna usada no Logan, a Renault preferiu usar a plataforma do Clio. O resultado é um carro recém-lancado com uma base de 12 anos.
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